A Bandeira
A bandeira do Distrito Federal foi criada em 1969, nove anos após a fundação de Brasília, durante a inauguração do Palácio do Buriti, atual sede do governo local. Seu criador foi o poeta, jornalista e heraldista Guilherme de Almeida, também responsável pelo brasão da cidade.
O fundo branco simboliza a paz, enquanto o escudo verde representa as planícies do Cerrado. Ao centro, a chamada Cruz de Brasília, formada por quatro setas douradas dispostas em cruz, apontando para os quatro pontos cardeais. Essas setas simbolizam a expansão do poder, da cultura e da integração nacional a partir do centro do país. A cruz também remete a elementos da história brasileira, como o Cruzeiro do Sul, as velas das naus descobridoras e o madeiro da Primeira Missa.
A combinação das cores verde e amarelo reforça a ligação com os símbolos nacionais. O desenho inovador da bandeira reflete o espírito moderno de Brasília, sem romper com as tradições da heráldica.
O Brasão de Armas
O brasão de armas de Brasília foi criado em 1960, logo após a inauguração da nova capital. Também de autoria de Guilherme de Almeida, traz o mesmo elemento central da bandeira: a Cruz de Brasília, com quatro setas douradas sobre escudo verde.
Acima do escudo, há uma coroa mural dourada, símbolo tradicional das cidades, representando Brasília na época em que era organizada como prefeitura. Na base, a cartela traz a inscrição em latim “Venturis Ventis”, que significa “Aos ventos que hão de vir” — uma referência poética ao futuro e aos ideais da nova capital.
O brasão, assim como a bandeira, expressa a modernidade, a esperança e o papel central de Brasília na integração do país.
O Hino
O Hino do Distrito Federal, chamado “Hino a Brasília”, foi oficializado pelo Decreto nº 51.000, de 19 de julho de 1961, assinado por Jânio Quadros. A letra é do poeta Geir Campos e a música da compositora Neusa Pinho França de Almeida. Sua primeira apresentação pública aconteceu na inauguração do Ginásio CASEB, com grande participação dos alunos, o que contribuiu para sua oficialização.
Além dele, a canção “Brasília, Capital da Esperança”, de Capitão Furtado e Simão Neto, embora não oficial, é muito popular e considerada por muitos como um segundo hino da cidade, sendo bastante presente em eventos cívicos.
Os autores se destacaram em suas áreas: Geir Campos foi poeta, jornalista e servidor público; Neusa França é pianista e compositora com carreira nacional e internacional, e Capitão Furtado foi compositor, radialista e figura importante da cultura popular. Sobre Simão Neto, há poucos registros biográficos disponíveis.